Resenha: Ryan Adams - Prisoner - Top Songs

Resenha: Ryan Adams - Prisoner

Artista demonstra criatividade em se reinventar ao meio de problemas pessoais

Por Bruno Antonio, 04/03/2017

Ficha:
Álbum: “Prisoner”
Artista: Ryan Adams
Gênero: Rock, Alternativo, Folk
Data de lançamento: 17/02/2017
Duração: 42 minutos
Gravadora: PAX AM/Blue Note
Produção: Ryan Adams
País: EUA
Metacritic: 80/100 (28 críticos)
Classificação Top Songs:


Faixas de destaque: “Outbound Train”, “Prisoner”, “Anything I Say To You Now”

No seu 16º disco, “Prisoner”, Ryan Adams mantém algumas características dos seus trabalhos anteriores, como usar suas relações pessoais como tema de seus discos. O assunto central desta vez é do fim do seu casamento com a cantora e atriz Mandy Moore, sendo a terceira vez que o artista se inspira nessas situações.

Mesmo com a repetição do tema, Ryan Adams entrega um trabalho diferente, trazendo referências do rock dos anos 80, algo que já era confirmado por ele em algumas entrevistas antes do lançamento do álbum. Com isso, o novo registro é bem diferente da sua versão de “1989”, de Taylor Swift, onde o foco é no soft rock e AOR. E essa é a maior diferença em relação a seus outros trabalhos, como Gold (2001) e Love Is Hell (2004), Adams acaba focando e usando a atmosfera o rock de arena de décadas passadas e acaba lembrando muito a lenda Bruce Springsteen e Dire Straits.

Com boas composições como “Breakdown”, “To Be Without You” e “Do You Still Love Me?”, “Prisoner” apresenta letras não apenas de lamentações, mas sim de libertação e desabafos, como se o artista quisesse seguir em frente ao enfrentar seus problemas mais íntimos.

Trazendo grandes momentos como “Outbound Train”, “Prisoner” e “Anything I Say To You Now”, e mesmo sendo um disco de tom amargo e doloroso, o registro definitivamente não é um trabalho triste. Ryan Adams demonstra a capacidade e criatividade em transformar seus sentimentos em arte, mesmo que surpreendentemente com sonoridade orientada para o rock de mais de 30 anos atrás.

Ouça abaixo o disco:


E você, o que achou do álbum? 

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