Resenha: Julie Byrne :: “Not Even Happiness” - Top Songs

Resenha: Julie Byrne :: “Not Even Happiness”

Extremamente delicado, “Not Even Happiness” é uma grata surpresa

Por Bruno Antonio, 18/01/2017

Ficha:
Álbum: “Not Even Happiness”
Artista: Julia Byrne
Gênero: Folk
Duração: 32 minutos
Data de lançamento: 27/01/2017
Gravadora: Ba Da Bing!
País: Estados Unidos
Metacritic: 79/100 (9 críticos)

Classificação Top Songs: 

Faixas de destaque: “Follow My Voice”, “Natural Blue”, “All The Land Glimmered”.
​Resenha:

É perdoável estarmos em 2017 sem conhecer Julie Byrne. Seu álbum de estreia,  “Rooms with Windows and Walls” (2014) alcançou uma audiência extremamente pequena e não recebeu devida atenção. No entanto, estamos no primeiro mês do ano e já podemos dizer que estamos diante de um dos discos mais refinados e delicados de 2017. Você não será perdoado se passar o ano sem saber da existência dessa cantora.

“Not Even Happiness”, seu novo álbum, foi gravado em sua casa de infância em Nova York, onde trabalha parcialmente como guarda florestal do parque. No álbum encontramos uma produção extremamente bem trabalhada, interessantes texturas e com uma narrativa encantadora que acaba conquistando o ouvinte de forma sutil e sem muito esforço.

As 9 faixas gravadas para o disco conta com melodias de grande beleza e serve como resumo do que o Folk pode oferecer de melhor, uma mistura simples e agradável de Joni Mitchell e vocal semelhante de Sarah McLachlan, um dos pontos altos do disco.

“Follow My Voice”, música de abertura do disco, logo define o tom elegante, com guitarra suavemente escolhida sobre as visões e pensamentos de Byrne de arco-íris duplos e nuvens passageiras, entregues de forma silenciosa. “Natural Blue” mistura a poesia com experiência romântica própria de Byrne ("quando eu o vi primeiramente / o céu era azul natural") para criar algo mais tocante. Em “All The Land Glimmered” você pode apenas sentir a sua presença como se ela estivesse em seu jardim. Ao longo das faixas tudo é habilmente escolhido, a leve guitarra se oferece como suporte a voz natural de Byrne, as melodias constroem toda a atmosfera e drama, deixando as canções desenrolarem suas histórias com maior naturalidade, lembrando o melhor de Nick Drake.

Em seu segundo álbum, Julie Byrne nos apresenta uma viagem para reflexão, enfatizando a atmosfera e demonstrando que simplicidade ainda é o segredo.

Ouça abaixo o disco:

E você, o que achou do álbum? Comente!

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