Relembrando Prince - Top Songs

Relembrando Prince

Relembre a trajetória de um dos artistas mais geniais do seu tempo

Da Redação, 26/04/2016

O artista Prince, um dos mais importantes das últimas décadas, foi encontrado morto na última quinta-feira (21) em Paisley Park o nome de sua propriedade em Chanhassen, perto de Mineápolis nos EUA onde morava e tinha o seu estúdio. O artista tinha 57 anos e a causa da morte não foi confirmada.

No dia 14 desse mês, o jato particular do músico havia feito um pouso de emergência, depois que Prince Rogers Nelson começou a passar mal por conta de uma forte gripe ou desidratação - as fontes divergem. Ele retornava de Atlanta na Geórgia, onde fez seus derradeiros shows - duas apresentações no dia 14. Após passar três horas no hospital o artista foi liberado.

O cantor estava no momento fazendo uma turnê solo chamada “Piano and his microphone" que estava sendo muito elogiada por mostrar o lado mais intimista do astro.

Carreira

O grandioso auge da carreira de Prince se deu durante os anos 80, época em que ele lançou seus discos mais aclamados e de sucesso. 

Sua obra musical era conhecida por não ter limites e podíamos encontrar uma série de gêneros: funk, soul, R&B, pop, jazz, psicodelia. Muitos ritmos podiam fazer parte do multi-instrumentista que, por alguns anos, foi não só uma das maiores estrelas do planeta, como também um dos mais influentes e elogiados pela crítica.

Um grande momento se deu no ano de 1984, quando ele explodiu com a trilha sonora do filme "Purple Rain", também estrelado por ele, que vendeu 22 milhões de cópias nos EUA e emplacou cinco singles de sucesso - "Purple Rain", "When Doves Cry", "Let's Go Crazy" entre eles.

Mas o artista já vinha surpreendendo desde 1978, quando lançou seu primeiro álbum, pouco antes de completar 20 anos. Trazia influência de Stevie Wonder, Jimi Hendrix, Sly & The Family Stone.

A sequência de sete discos lançados por ele entre 1980 e 1987 - de "Dirty Mind" a "Sign O' The Times" - esse tido como uma das suas grandes obra-prima - é tida como uma das mais inspiradas de toda a história da música pop. E é difícil achar uma lista de "melhores discos", sem alguns desses trabalhos.

Porém, podemos dizer que sua produtividade acabou mudando seu destino nos anos seguintes. O excesso de material lançado por ele começou a confundir público e crítica, que não estavam mais disposto igual antes para acompanhar tantos discos em tão pouco tempo - ainda que eventualmente ele emplacasse um hit nas paradas ou tivesse um novo álbum elogiado com pelos críticos, obviamente, nada comparado com a década passada.

Seus números impressionam: foram 39 álbuns, muitos duplos ou mesmo triplos, fora as horas e horas de material inédito que, dizem, estão guardados à sete chaves em Paisley Park.

Prince também não era um figura fácil e acessível. Raramente ele deu entrevistas e quando as dava proibia o repórter de gravar a conversa ou fazer anotações. Ele também mantinha uma relação dúbia com a internet. Ao mesmo tempo em que foi um dos pioneiros a usar a rede para vender seus novos discos, ele também seguia em uma cruzada quixotesca contra o YouTube - nenhum clipe ou vídeo dele pode ser visto online de forma oficial - e, mais recentemente com os serviços de streaming musical.

Entretanto, eram esses detalhes que faziam dele uma das figuras mais fascinantes e criativas do pop moderno e outro que, a exemplo de outro grande personagem que há pouco nos deixou, David Bowie, fará muita falta para os amantes da música

Seu legado deixa álbuns que ficam para a história e sua influência está  em boa parte do pop e rock contemporâneo - de Pharrell ao Daft Punk, passando por todos os nomes do R&B moderno (Miguel, The Weeknd), astros do hip hop como Kendrick Lamar e The Roots, ídolos do pop como Justin Timberlake e muitos mais.

No Brasil, Prince esteve apenas uma vez. Foi em janeiro de 1991 na segunda edição do Rock In Rio. Ele deveria ter voltado em 2011, mas cancelou o show dias antes da data marcada.

Veja uma parte do show:

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